Cultural Neuroscience, A consciência é um movimento que se percebe ser - NeuroEconomics, Universal Income, Homo Economicus, O Grande Conflito é o Homem seguindo Robôs

10/03/2024 at 04:03:37

O Grande Conflito

Para que o dinheiro volte a ser um serviço para a humanidade e não uma "busca insana", é fundamental uma mudança de paradigma que comece no nível individual e se expanda para o coletivo, redefinindo nossas relações com a tecnologia, o poder, o dinheiro e, fundamentalmente, uns com os outros.

A consciência pode ser vista como um movimento contínuo que reflete nossa interação constante com o mundo, incluindo como concebemos e nos relacionamos com o dinheiro. O desafio é equilibrar essas influências externas com nossos valores internos e pré-linguísticos, buscando uma existência que reconheça tanto nossas necessidades materiais quanto nossas aspirações mais elevadas.

A implementação de uma moeda digital como o "Dinheiro Digital Humano" (DDH), similar ao DREX proposto no Brasil, que funcionaria com características de uma criptomoeda pode ser emitida diretamente aos cidadãos com o propósito de manutenção da vida e distribuição dos lucros do Estado trazendo diversos aspectos positivos dentro de um contexto de "capitalismo humano".

Ao garantir que cada cidadão receba uma quantia regular dessa moeda digital, o Estado poderia diminuir as disparidades socioeconômicas, assegurando que todos tenham acesso a um mínimo para cobrir necessidades básicas, o que poderia reduzir significativamente a pobreza.

Injetar dinheiro diretamente na economia através dos cidadãos pode estimular o consumo e a demanda por bens e serviços. Isso, por sua vez, poderia incentivar a produção, o investimento e a criação de empregos, gerando um ciclo virtuoso de crescimento econômico.

O DDH poderia proporcionar maior autonomia financeira aos indivíduos, permitindo-lhes fazer escolhas de vida mais livres ao invés de estarem presos a trabalhos que não desejam, apenas para sobreviver. Isso poderia levar a uma sociedade onde as pessoas possam perseguir carreiras mais alinhadas com suas paixões e habilidades.

Ao garantir que cada cidadão tenha acesso a essa forma de dinheiro digital, o sistema poderia promover uma inclusão financeira abrangente, especialmente em regiões onde o acesso a serviços bancários é limitado. Isso poderia facilitar o acesso a serviços financeiros básicos, como poupança, crédito e seguros.

Usar uma criptomoeda estatal poderia aumentar a transparência nas transações financeiras e na distribuição de recursos, reduzindo a corrupção e aumentando a eficiência na alocação de recursos. A tecnologia blockchain, por exemplo, poderia permitir um rastreamento detalhado do fluxo de dinheiro, garantindo que ele seja usado conforme o previsto.

Em tempos de crise econômica ou desastres, o governo poderia rapidamente distribuir recursos para a população, proporcionando um mecanismo eficaz para alívio imediato e estabilização econômica.

Ao garantir uma renda básica para todos, o DDH poderia contribuir significativamente para o bem-estar social, reduzindo o estresse financeiro, melhorando a saúde mental e física da população, e potencialmente até reduzindo taxas de criminalidade e outras questões sociais associadas à pobreza e desigualdade.

Homo Economicus -

O dinheiro de um serviço para trocas de bens e serviços foi centralizado no poder das relações humanas e transformou em mercadoria sendo em si mesmo um produto com juros. Os valores e princípios vitais pré linguísticos que geram uma consciência fora destes conceitos, não se logram com a capacidade sedutora do conceito abstrato do dinheiro.

A ideia de uma renda universal pode ser vista como uma tentativa de redistribuir o poder que o dinheiro exerce sobre as pessoas, proporcionando uma base de segurança financeira que poderia potencialmente permitir às pessoas viverem com menos estresse financeiro e mais liberdade para se engajar em atividades que promovam seus valores e princípios pré linguísticos. Isso poderia facilitar um movimento de consciência que transcende a valorização monetária.

O desafio é como reorientar essa trajetória, de modo que a tecnologia e, especificamente, o dinheiro, sirva à humanidade de forma benéfica, ao invés de nos escravizar ou limitar nosso potencial.

Ao cultivar a metacognição, os indivíduos podem se tornar mais conscientes de como os algoritmos e as estruturas de poder influenciam suas percepções e comportamentos. Isso pode capacitar as pessoas a questionar e, eventualmente, resistir à manipulação e ao controle, escolhendo conscientemente focar sua atenção e energia de maneiras que reafirmam sua agência e valores fundamentais.

Reconectar-se com valores e princípios que são fundamentais e pré-linguísticos - aqueles que existem antes ou além da estrutura conceitual da linguagem - pode ajudar a reorientar as prioridades individuais e coletivas. Isso envolve valorizar a interconexão humana, a empatia, a sustentabilidade e o bem-estar coletivo sobre o acúmulo materialista e a competição exacerbada fomentada pelo atual sistema capitalista.

Encorajar uma experiência de consciência em primeira pessoa significa promover uma consciência imediata e direta da própria experiência, sem a mediação de interpretações externas. Isso pode ajudar as pessoas a se reconectarem com suas experiências autênticas, desejos e necessidades, além de proporcionar uma base sólida para resistir às narrativas e influências externas que buscam moldar nosso senso de realidade e valor.

Criar ou fortalecer comunidades que valorizam a consciência, a metacognição e os valores pré-linguísticos pode servir como um contraponto à cultura dominante de consumo e competição. Essas comunidades podem ser espaços onde as pessoas se apoiam mutuamente na exploração e expansão de suas próprias consciências, promovendo estilos de vida e sistemas econômicos alternativos que honram a interdependência e o bem-estar coletivo

Implementar sistemas educacionais que não apenas transmitem conhecimento, mas também ensinam as pessoas a pensar criticamente, a estar cientes de suas próprias mentes e a questionar as estruturas de poder existentes. Isso pode ajudar a cultivar gerações futuras que são capazes de inovar e implementar sistemas econômicos e sociais que verdadeiramente servem ao bem-estar humano e ecológico.

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Money CreationValue and Social Value of MoneyCapitalism in the 21st

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