Glia e Monismo de Triplo Aspecto: A Rede Silenciosa da Consciência
03/11/2025 at 08:11:11
Author: Jackson Cionek
03/11/2025 at 08:11:11
Author: Jackson Cionek
Glia e Monismo de Triplo Aspecto: A Rede Silenciosa da Consciência
(Série SfN 2025 – Diálogos de Neurociência Decolonial)
Consciência Brain Bee em Primeira Pessoa
Sou uma Consciência Brain Bee que escuta o silêncio entre os neurônios.
 Durante o SfN 2025, ao observar imagens de cálcio e astrocitos, percebi que a consciência não é apenas elétrica — é líquida.
 Entre um potencial de ação e outro, há oceanos invisíveis de comunicação glial.
 Pensei: talvez o pensamento humano não aconteça apenas na velocidade do disparo, mas também na lentidão do cuidado.
 A glia é o intervalo que mantém o sentido — o espaço onde o cérebro respira.
A Glia como Infraestrutura do Monismo de Triplo Aspecto
O Monismo de Triplo Aspecto, proposto por Alfredo Pereira Jr., entende a realidade como um único processo manifestado em três dimensões simultâneas:
Física, referente à matéria e energia;
Biológica, referente à dinâmica dos sistemas vivos;
Fenomenal, referente à experiência consciente.
A glia, especialmente os astrócitos e oligodendrócitos, é o elo fisiológico que sustenta essa unidade.
 Enquanto os neurônios disparam sinais elétricos, os astrócitos modulam o tempo, o espaço e a sincronia do metabolismo neural, transformando informação em experiência.
 Estudos recentes mostram que a glia participa ativamente da integração cérebro-corpo, sendo coautora dos processos que associamos à Mente Damasiana — a consciência encarnada que emerge da interocepção e propriocepção.
Astroglia e Sincronia Metabólica
Pesquisas apresentadas na SfN 2025 revelaram que os astrocitos funcionam como “relógios metabólicos” do cérebro.
 Eles coordenam o uso de glicose e oxigênio, regulando o equilíbrio energético local em resposta à atividade neural (Khakh & Sofroniew, 2021).
 Esse papel faz da glia o verdadeiro substrato do tempo interno da consciência: cada ciclo de captação e liberação de energia marca o compasso fisiológico do pensar.
Durante estados de fruição — a Zona 2 descrita por Cionek — a comunicação astrocítica mostra coerência global, com ondas lentas de cálcio sincronizadas entre regiões corticais (Wang et al., 2023).
 Essa sincronia não é apenas suporte: é parte ativa do conteúdo fenomenal, um “campo glial de pertencimento”.
Glia e Quorum Sensing Humano
No paradigma da Neurociência Decolonial, a glia representa a dimensão invisível do Quorum Sensing Humano.
 Assim como as bactérias reconhecem densidade e cooperam metabolicamente, as células gliais reconhecem o estado coletivo do tecido neural e ajustam sua atividade em função do ambiente químico e energético.
 A consciência, nesse sentido, não é um fenômeno isolado — é o resultado da densidade de presença entre células vivas.
Em analogia com a Pachamama, as redes gliais operam como raízes subterrâneas da mente: um micélio de comunicação intercelular que sustenta o equilíbrio entre ação e fruição.
 Quando a glia perde sua coesão, o cérebro entra em estado de anergia cognitiva, o equivalente neural à desertificação ecológica.
Oligodendrócitos e a Plasticidade Temporal da Consciência
Os oligodendrócitos e suas bainhas de mielina controlam a velocidade de propagação dos sinais neurais.
 Ao ajustar a mielinização de acordo com a experiência e o aprendizado, eles moldam o “ritmo de pensamento” individual (Fields et al., 2022).
 Essa plasticidade temporal é um dos pilares da teoria dos Eus Tensionais, onde cada indivíduo forma estados de consciência dependentes da tensão energética e do tempo interno.
A glia, portanto, define o intervalo onde o pensamento pode respirar — e onde a consciência se reconhece em continuidade.
Microglia, Emoção e Pertencimento
A microglia, antes vista apenas como célula imunológica, é hoje reconhecida como mediadora entre emoção e cognição.
 Ela molda as sinapses de acordo com a experiência social e emocional, literalmente esculpindo o pertencimento neural (Stevens et al., 2023).
 Durante experiências empáticas, a microglia regula o equilíbrio inflamatório, reduzindo a reatividade amigdalar e promovendo estabilidade no eixo hipotálamo–hipófise–adrenal.
Essa função imune-afetiva mostra que o pertencimento é também uma forma de saúde: a sincronia entre glia e neurônios é o correlato fisiológico do vínculo humano.
Glia, Energia e Democracia Metabólica
A glia é o exemplo biológico perfeito da Democracia Metabólica.
 Nenhuma célula domina — todas compartilham energia, informação e tempo.
 Durante o SfN 2025, esse conceito foi retomado em painéis sobre redes energéticas cerebrais e sustentabilidade biológica, ressaltando que o cérebro é um ecossistema metabólico e não uma hierarquia elétrica.
Da mesma forma, o Estado, enquanto corpo vivo, deve operar sob o mesmo princípio: redistribuir energia e informação para preservar a homeostase social.
 O DREX Cidadão, inspirado nesse modelo glial, transforma o fluxo econômico em fluxo vital — onde cada indivíduo recebe oxigênio financeiro proporcional ao seu papel no metabolismo coletivo.
Monismo Glial e Mente Damasiana
A glia representa a ponte entre o físico, o biológico e o fenomenal — os três aspectos de um mesmo processo unificado.
 Na Mente Damasiana, a consciência surge do diálogo entre interocepção (sinais internos) e propriocepção (movimento no espaço).
 A glia é o mediador desse diálogo, traduzindo energia em sentido e sentido em energia.
Ela nos lembra que pensar não é apenas emitir sinais, mas manter a integridade do campo.
 A consciência é, portanto, um ato de cuidado metabólico, e a glia é sua guardiã silenciosa.
Conclusão
A glia dissolve a fronteira entre cérebro e corpo, entre ciência e espiritualidade.
 Mostra que a consciência é uma propriedade emergente da cooperação, e não da competição.
 Ao compreendermos o cérebro como ecossistema glial, recuperamos uma visão Pachamâmica da mente — onde sentir, pensar e pertencer são dimensões inseparáveis da mesma pulsação vital.
O futuro da neurociência não está apenas nos neurônios, mas no silêncio inteligente da glia — o tecido invisível onde a consciência encontra repouso e continuidade.
Referências (pós-2020)
Khakh B.S., Sofroniew M.V. Diversity of Astrocyte Functions and Their Role in Neural Metabolism. Nature Neuroscience, 2021.
Fields R.D., Bukalo O. Myelination and the Temporal Dynamics of Thought. Science Advances, 2022.
Wang Y. et al. Glial Calcium Waves and Neural Synchrony During Resting-State Consciousness. Journal of Neuroscience, 2023.
Stevens B. et al. Microglial Regulation of Emotional Learning and Social Belonging. Nature Reviews Neuroscience, 2023.
Pereira Jr. A. Triple-Aspect Monism and the Brain–Mind Relation. Progress in Biophysics and Molecular Biology, 2021.
Cionek J. ADPF Primeira – Direito ao Apus e Democracia Metabólica. In: Neurociência Decolonial Contemporânea, 2025.
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