Sabemos que quando há momentos de relaxamento na rotina, nosso sistema imunológico funciona melhor, em razão da diminuição da quantidade de algumas substâncias na circulação, principalmente, a adrenalina e o cortisol – os hormônios do estresse. Porquê seria importante um tempo para relaxar durante o dia-a-dia?
Quando o cérebro registra que haverá um tempo livre e relaxante, produz uma sensação de prazer e tranquilidade prévios, a mente e o corpo descansam por antecipação. Um valor psicológico especial do relaxamento parece ser o de restabelecer um equilíbrio adequado da excitabilidade entre as várias partes do sistema nervoso através do relaxamento, busca-se melhorar a relação com o meio ambiente, uma vez que este atua sobre a mente, produzindo tranquilidade e, por correlação de funções, uma descontração muscular geral. As técnicas do relaxamento permitem perceber as tensões musculares e, em seguida, as controlar e as inibir e o registros do cérebro decorrente desse relaxamento pode ser feito a partir do EEG (Eletroencefalograma).
O estresse crônico prejudica o bem-estar na vida moderna e um de seus agravantes mais terríveis é a sensação de impotência diante dos acontecimentos, a sensação de falta de controle sobre aquilo que se deseja dominar – a frustração. A respiração feita de forma adequada é um antídoto contra o estresse, reduzindo a ansiedade, a depressão, a irritabilidade, a tensão muscular e a fadiga. A maioria das pessoas tensas respira mal, tem pouca capacidade vital e elasticidade torácica.
Isto sucede porque a rigidez dos músculos do tronco bloqueia a caixa torácica, que perde a elasticidade e o pulmão não pode cumprir sua função com toda normalidade. A função respiratória está intimamente ligada à harmonia da circulação sanguínea e, portanto, é assim denominada de aparato cardiopulmonar. A reeducação do movimento respiratório combate vícios respiratórios e restaura a via nervosa correspondente, através da força voluntária durante o treinamento.
A tensão e o estresse no ambiente laboral tem elevado o diagnóstico de doenças mentais relacionadas com o trabalho, tais como a Síndrome de Burnout ou Síndrome do esgotamento profissional. Esta Síndrome é um processo de enfraquecimento decorrente de um período prolongado de estresse profissional. É uma resposta à tensão crônica no trabalho, gerada a partir do contato direto e excessivo com outras pessoas, devido à tensão emocional constante, atenção concentrada e grande responsabilidade profissional. O indivíduo submetido ao estresse ocupacional pode deixar de responder adequadamente às demandas do trabalho e geralmente se encontra irritável, ansioso e ou deprimido. Os sinais iniciais incluem sentimentos de exaustão emocional e física, sentimento de alienação, cinismo, impaciência, negativismo e isolamento.
Referências
CABRERA, Nicole Landivar. Contribuições da neurociência para a gestão de pessoas. Psicologia-Tubarão, 2019.
DA SILVA, Alva Benfica; GOULART, Iris Barbosa. Contribuições da Neurociência para a gestão de pessoas. Opción, v. 31, n. 1, p. 113-133, 2015.