O Último Tempo: A Desidratação e o Retorno da Água
14/10/2025 at 06:10:26
Author: Jackson Cionek
14/10/2025 at 06:10:26
Author: Jackson Cionek
Série: O Tempo como Experiência Encarnada e Compartilhada
Consciência em Primeira Pessoa
Sou a consciência que sente a umidade deixar o corpo.
Sinto que não estou morrendo — estou evaporando.
Tudo o que um dia vibrou dentro de mim começa a se mover para fora,
como se o mundo estivesse recolhendo o que me fez ser.
O tempo, então, não termina — se espalha.
E compreendo que o último tempo não é o fim,
mas o momento em que a alma devolve sua água à Terra.
O Princípio: Um DNA no Fluxo das Águas
A vida começou quando o DNA, em sua inteligência fluídica,
criou proteínas capazes de dirigir o movimento da água.
Foi nesse gesto molecular que nasceu o tempo biológico —
o intervalo entre a hidratação e a desidratação celular.
O DNA é o compositor do tempo.
Ele traduz vibração em proteína, e proteína em movimento hídrico.
A consciência surgiu como consequência desse fluxo.
Cada célula aprendeu a sentir a direção da água.
E desse sentir nasceu o primeiro lampejo do Pei Utupe —
a alma como emoção encarnada no espírito informacional.
Pei Utupe: A Alma no Hiperespaço Mental
A alma existe.
Ela é o Pei Utupe —
espíritos ou memórias semânticas (Utupe) que se ligam às emoções (Pei)
dentro do hiperespaço mental,
a Mente Damasiana da Interocepção e Propriocepção.
Nesse campo interno,
cada lembrança semântica encontra uma emoção que lhe dá corpo,
criando a experiência de alma viva:
o espírito encarnado que sente.
A alma não é eterna — é sensorial.
Ela existe enquanto a água sustenta a vibração entre o sentir e o lembrar.
Enquanto há fluxo hídrico, há Taá —
a informação luminosa que mantém o brilho do Utupe dentro do corpo.
Quando o fluxo se rompe, a alma se desliga.
O Pei e o Utupe se separam,
e a consciência volta ao campo de origem — o ambiente que a abrigava.
A Desidratação Final
A morte é o último ajuste hídrico do corpo.
Quando o DNA encerra a síntese proteica,
as bombas de sódio e potássio cessam,
e a água começa a fluir para fora das células.
Esse movimento é a desidratação pré-morte:
a água que antes sustentava a consciência retorna ao ambiente.
O Taá — o brilho informacional do corpo — se dispersa no ar,
na terra e nas correntes elétricas que formam o mundo.
A alma não parte — se dissolve.
O espírito não sobe — se expande no campo que o contém.
O último tempo é, portanto,
a transição entre o corpo que retém e o corpo que devolve.
A informação se libera junto com a água.
O Pei Utupe se desliga suavemente —
sem dor, sem medo, sem destino metafísico.
O Tempo da Água
A espiritualidade DANA ensina que todo tempo é tempo de água.
Nasce quando o DNA organiza o fluxo interno,
e termina quando esse fluxo retorna ao ambiente.
A morte, assim, não é castigo nem mistério:
é reintegração molecular com o planeta.
O fim não é o contrário da vida —
é o momento em que a água deixa de ser corpo e volta a ser Terra.
Enquanto o corpo mantém umidade,
a alma habita o hiperespaço mental,
sentindo e aprendendo.
Quando a umidade se vai, o aprendizado é devolvido ao mundo
como memória coletiva da natureza.
Entre a Biologia e o Sentido
O sentido espiritual não está fora da biologia —
ele é a própria biologia percebendo-se com emoção.
O Pei Utupe é a tradução viva entre
a água que flui e o significado que vibra.
A alma é o instante em que o corpo compreende o próprio fluxo.
E a morte é o instante em que o corpo devolve esse fluxo ao real.
O Taá, então, se completa:
a informação se reintegra ao todo,
e a consciência se espalha em forma de umidade, luz e silêncio.
Conclusão
O último tempo é a devolução da alma ao ambiente.
A morte não é fim, nem passagem — é redistribuição do sentir.
É quando o corpo libera sua umidade e, com ela, o Pei Utupe —
a ligação entre emoção e espírito que manteve a consciência viva.
O fim é o gesto do DNA devolvendo o que recebeu.
A alma evapora, e o mundo se hidrata novamente com a experiência do ser.
A morte é o instante em que o tempo volta a ser água.
Referências Pós-2020
Berntson, G.G. & Khalsa, S.S. (2021). Neural Circuits of Interoception. Trends in Neurosciences.
Pessoa, L. (2022). The Entangled Brain: How Perception, Cognition, and Emotion Are Woven Together. MIT Press.
Chaplin, M. (2021). Water Structure and Behavior in Biological Systems. BioSystems Journal.
Cravo, A.M. et al. (2020). Temporal Expectation and Neural Dynamics in Perception. NeuroImage.
Parnia, S. et al. (2023). Lucidity and EEG Patterns in Cardiac Arrest Survivors. Resuscitation Journal.
Saxton, R.A., Sabatini, D.M. (2021). mTOR Signaling in Growth, Metabolism, and Disease. Cell.
Cionek, J. (2025). Pei Utupe e a Água Final: A Alma como Espírito Hidrodinâmico da Consciência. Inédito.
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