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Podemos definir a ansiedade como um estado emocional normal do ser humano, assim como o medo, tristeza, alegria, ela também é um sentimento, ela é uma espécie de alerta para situações de desconhecidas/perigo, para que nós possamos nos preparar melhor para diferentes ocasiões. Na grande maioria das vezes, inclusive quando a ansiedade é manifestada em intensidade normal, ela tem função adaptativa e de segurança. Hoje, a ansiedade afeta um grande número da população, sendo considerada o “mal do século”. Com isso, algumas formas de medicação da atividade cerebral como EEG, têm sido utilizadas como forma de avaliar o cérebro de pessoas com essa patologia.

A ansiedade possui seus componentes psicológicos (como medo persistente, preocupação, entre outros) como componentes fisiológicos (como taquicardia, tremores, palpitações, sudorese, entre outros). É importante também destacar que a ansiedade não se dá apenas pela antecipação de eventos ruins, eventos bons como por exemplo a chegada de um filho também podem produzir ansiedade. Mudança de rotina, mudança na estrutura familiar, etc. Passa a ser patológica, portanto, quando ela é desproporcional ao estímulo, persiste por tempo muito maior do que o necessário, ou quando não existe um fato ou situação específica, para os quais seja direcionada.

Alguns dos principais transtornos de ansiedade são:

- Fobia específica: de forma mais resumida, fobias se caracterizam como um medo excessivo que pode ser relacionado a um objeto ou situação específica as mais comuns incluem: insetos (insectofobia), medo de altura ou de voar (aerofobia), água (hidrofobia), etc. Esses medos, levam a uma série de reações fisiológicas e emocionais. Comportamento: esquiva.
 
- Transtorno de ansiedade social: medo ou ansiedade social acentuados acerca de uma ou mais situações que o indivíduo é exposto a possível avaliação de outras pessoas. Exemplos incluem interações sociais (manter uma conversa, encontrar pessoas que não são familiares), ser observado (comendo ou bebendo) e situações de desempenho diante dos outros (falar em público, situação profissional).
 
- Transtorno de pânico: Ataques de pânico recorrentes e inesperados. É um surto abrupto de medo intenso ou desconforto intenso que alcança um pico em minutos e durante o qual ocorrem um ou mais dos seguintes sintomas:
 
- Palpitações, coração acelerado, taquicardia;
- Sudorese;
- Tremores ou abalos;
- Sensações de falta de ar ou sufocamento;
- Sensações de asfixia;
- Dor ou desconforto torácico;
- Náuseas ou desconforto abdominal;
- Sensação de tontura, irritabilidade, vertigem ou desmaio;
- Calafrios ou ondas de calor;
- Parestesias (anestesias ou sensações de formigamento);
- Desrealização (sensação de irrealidade) ou despersonalização (sensação de estar distante de si mesmo);
- Medo de perder o controle ou enlouquecer;
- Medo de morrer;
 
- Agarofobia: É um dos transtornos de ansiedade mais comuns. Muitas vezes se desenvolve após a ocorrência de alguns episódios de ataques de pânico. Entre as evidências e sintomas mais comuns estão o medo e a reclusão, evitando determinados lugares ou situações que possam desencadear um novo episódio de ataques de pânico ou sensação de aprisionamento e até constrangimento. A lembrança dos ataques fazem com que uma pessoa com agorafobia se preocupe com um novo ataque e evite os lugares onde possa acontecer de novo.

- Transtorno de ansiedade generalizada (TAG): ansiedade e preocupação excessivas (expectativa apreensiva) acerca de diversos eventos ou atividades. A intensidade, duração ou frequência da ansiedade e preocupação é desproporcional à probabilidade real ou ao impacto do evento antecipado. O indivíduo tem dificuldade de controlar a preocupação e de evitar que pensamentos preocupantes interfiram na atenção as tarefas em questão. Os adultos frequentemente se preocupam com situações diárias da rotina de vida como trabalho, saúde, finanças, etc. Durante o curso o foco pode mudar de uma preocupação para outra.

- Transtorno de estresse pós traumático (TEPT): consiste em reações disfuncionais intensas e desagradáveis que têm início após um evento extremamente traumático. Funciona assim, sempre que o trauma é lembrado, a pessoa revive o episódio como se estivesse ocorrendo naquele momento e com a mesma sensação de dor e sofrimento que o agente estressor provocou no passado. Essa recordação desencadeia alterações neurofisiológicas e cognitivas.
 
  • Sintomas intrusivos (o evento invade os pensamentos de maneira repetida e incontrolável)
  • Evitar qualquer coisa que as relembre do evento
  • Efeitos negativos sobre o pensamento e o humor
  • Alterações no estado de alerta e nas reações


O sistema tradicional de detecção de estresse é baseado em sinais fisiológicos e técnicas de expressão facial. A principal desvantagem é a incerteza que surge devido a vários fatores externos, como suor, temperatura ambiente, ansiedade. Alguns métodos, como a análise hormonal, apresentam uma desvantagem de procedimento invasivo. É necessário um método não invasivo, preciso, exato e confiável. A eletroencefalografia (EEG) é uma ferramenta perfeita, pois é um procedimento não invasivo. Além disso, recebe feedback dos hormônios do estresse; pode servir como uma ferramenta confiável para medir o estresse.

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Referências

MANUAL DIAGNÓSTICO E ESTATÍSTICO DE TRANSTORNOS MENTAIS - DSM – 5 (American Psychiatric Association). Tradução: Maria Inês Corrêa Nascimento, et al.; revisão técnica: Aristides Volpato Cardioli, et al. 5 ed. -  Porto Alegre: Artmed, 2014, 948 p.

IMPERATORI, Claudio et al. Default mode network alterations in individuals with high-trait-anxiety: an EEG functional connectivity study. Journal of Affective Disorders, v. 246, p. 611-618, 2019.

VANITHA, V.; KRISHNAN, P. Real time stress detection system based on EEG signals. 2016.


Autor: Livia Nascimento Rabelo
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