Autismo e alimentação, existe relação?
01/12/2023 at 04:12:42
Author: Livia Nascimento Rabelo
01/12/2023 at 04:12:42
Author: Livia Nascimento Rabelo
O transtorno do espectro do autismo (TEA) é um disturbio do neurodesenvolvimento que engloba indivíduos com uma combinação específica de limitações na comunicação social e comportamentos e interesses repetitivos, restritos e estereotipados. Nos últimos anos, a frequência com que esse transtorno vem sendo diagnosticado aumentou significativamente. Sendo assim, alguns fatores de risco (ambientais e genéticos) estão envolvidos na sua prevalência. Porém, a você já parou pra pensar se a alimentação influencia no TEA?
Apesar de um interesse considerável em intervenções alimentares, não existe consenso sobre a terapia nutricional ideal. Dessa forma, as atuais intervenções nutricionais para indivíduos com TEA incluem dietas sem glúten e sem caseína, cetogênicas e específicas de carboidratos, bem como probióticos, ácidos graxos poliinsaturados e suplementos alimentares (vitaminas A, C, B6 e B12; magnésio e folato). Consequentemente, a intervenção nutricional e a suplementação adequada podem ser cruciais no gerenciamento e tratamento do autismo.
Além dos vários problemas alimentares, muitos pais relatam que a hora da alimentação muitas vezes é “desgastante” pela falta de interesse das crianças na alimentação, principalmente quando associada a dietas nutricionais. Sendo assim, ai vai algumas dicas que podem auxiliar os pais nesse processo:
Mantenha uma rotina estruturada para as refeições;
Evitar distrações na hora da refeição (eletrônicos por exemplo);
Evite dar lanches as crianças fora de hora, para que na hora das refeições eles tenham apetite;
Sempre incentive a independência durante a alimentação;
Quando possível traga o lúdico: brinquem de fazer comida de massinha parecida com a alimentação da criança;
Incentive sempre a criança a ser parte do processo - como ajudar a colocar a mesa, lavar as mãos, escolher a louça, ajudar a lavar verduras, etc.;
Sempre que possível realize as refeições em família, assim a criança terá pessoas em quem se espelhar em comer mesmo o que não gosta;
Elogie cada alimento novo que ela aceitar experimentar;
Disponibilize alimentos variados à mesa, próximo a criança, de maneira que ela possa ver e, caso se interesse, possa se servir;
Ofereça, mas não force a criança a comer. Mesmo que ela não coma coloque alimentos diferentes no prato da criança (se ela aceitar), para que se familiarize com cheiros, cores, e texturas diferentes;
O mais importante em todo esse processo é a paciência, calma, e bastante criatividade!!!
“Comer é uma das experiências mais sensoriais que
você pode ter” (Dara Danielle Dolezal)